A mancha surgiu no limbo leste da estrela a cerca de uma semana e desde então seu tamanho não para de crescer. Na manhã de sexta-feira, 24 de outubro, sua área calculada chegou ao incrível número de 2740 milionésimos do disco solar, uma área equivalente a 8,32 bilhões de quilômetros quadrados ou 17 vezes a superfície da Terra.
A última vez que uma mancha gigantesca assim cobriu a superfície do Sol foi 17 de março de 1989, quando a área de plasma batizada AR 5395, de 3600 milionésimos, cerca de 11 bilhões de quilômetros quadrados, tingiu de negro a superfície da estrela.< br/>Até agora, o recorde absoluto registrado ocorreu em 3 de abril de 1947, quando uma mancha monstruosa de 6132 milionésimos - 19 bilhões de quilômetros quadrados, obscureceu 1/7 da face visível do Sol.As manchas solares são bastante comuns de serem observadas, mas seu tamanho médio não ultrapassa 300 milionésimos. Quando atingem entre 500 e 600 milionésimos, já se tornam visíveis a olho nu através de óculos de proteção.As manchas são regiões localizadas na fotosfera solar e são formadas por zonas irregulares de plasma contido por fortes linhas de campo magnético. Essa contenção magnética faz com que o plasma (o hidrogênio incandescente) apresente temperatura menor que o gás do restante da fotosfera e consequentemente, menos brilhante.Enquanto na fotosfera a temperatura chegue a atingir 5 mil graus, as manchas solares apresentam temperaturas até 2 mil graus mais baixa e apesar de aparentarem cor negra, ainda assim são mais brilhantes que a Lua cheia.Apesar de serem comuns, as manchas de maior tamanho normalmente apresentam características magnéticas bastante complexas, capazes de produzir explosões solares de forte intensidade. É o caso da mancha AR 2192.Desde que surgiu, a atual mancha já produziu diversos flares (clarões eletromagnéticos) de elevada intensidade na classe M e dois flares na classe X.Até que a rotação do Sol leve a mancha para o outro lado da fotosfera, o que deve levar alguns dias, novas explosões poderão ocorrer, aumentando a possibilidades de ejeções de massa coronal dirigidas à Terra.
Fonte: Invasor UFO
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