De acordo com os autores, descoberta é um passo importante para investigar a existência de vida em outros planetas
Meteorito cruza a Via Láctea no Atol de Ari, nas Maldivas (Sergey Dolzheko/EFE)
Um estudo apresentado na quinta-feira indica que metade da água do planeta talvez seja mais antiga do que o Sistema Solar, o que aumenta a possibilidade de existir vida fora de nossa galáxia, a Via Láctea. Utilizando um sofisticado modelo que permite comparar a composição de moléculas formadas no Sistema Solar e das que existiam antes, os pesquisadores da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha, descobriram que entre 30 e 50% da água consumida hoje é cerca de 1 milhão de anos mais antiga do que o Sol.
O trabalho, publicado na revista americana Science, vai alimentar o debate sobre se as moléculas de água nos cometas e nos oceanos se formaram no disco de gás e poeira ao redor do jovem Sol há 4,6 bilhões de anos, ou se provêm de uma nuvem interestelar mais antiga. "Determinando agora a parte antiga da procedência da água na Terra, podemos ver que o processo de formação de nosso Sistema Solar não foi único e que, portanto, os exoplanetas podem se formar nesses ambientes onde a água é abundante", explicou Tim Harries, do Departamento de Física e Astronomia da universidade britânica e um dos autores da pesquisa.
Levando-se em consideração que a água é um elemento crucial para o desenvolvimento da vida na Terra, os resultados deste estudo podem sugerir que a vida existe em outro lugar além da nossa galáxia, ressaltaram os cientistas. "Trata-se de um passo importante em nossa busca por vida em outros planetas", afirmou Harries. Os resultados "aumentam a possibilidade de que alguns planetas fora de nosso Sistema Solar (exoplanetas) tenham condições e recursos de água que permitam a existência de vida e sua evolução", completa.
Fonte: France Press, Revista Veja.
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